Quais são os contributos da unidade curricular de Dinâmicas de Grupo em Educação para a minha formação

A unidade curricular de dinâmicas de grupo aborda as relações interpessoais, do desenvolvimento dos processos e das dinâmicas grupais e por fim as dinâmicas de grupo enquanto técnicas de formação, animação e promoção do trabalho grupal e comunitário. Estes são sem dúvida interesses ao nível do profissional de serviço social que trabalha com grupos e comunidades.
Ao nível das relações interpessoais, estas designam o que é necessário para a satisfação das necessidades (podem ser de confiança, vinculação, orientação, etc.) e podem ser diferentes quanto à estrutura de interacção (simétrica ou complementar).
Foi ainda possível conhecer a Janela de Johari de Joseph Luft e Harry Ingham, aprender a construi-la e usa-la como instrumento, algo bastante útil aos assistentes socais, pois facilita o conhecimento de um grupo e ajuda o próprio grupo a conhecer-se a si próprio para além do interesse pessoal que se retirou da sua realização no grupo.
Outro conteúdo apreendido e bastante importante está associado às técnicas para realizar perguntas, que obviamente serão importantes pois uma das funções essenciais do técnico será a entrevista e o trabalho com grupos.
A presente unidade curricular possibilitou compreender o que é um grupo, as suas vantagens e desvantagens e ainda as diversas fases existentes dentro de um grupo e que se tornam importante para compreender muitas vezes as diferentes reacções que grupo apresenta.
Podemos então designar de grupo dois ou mais indivíduos que compartilham um objectivo comum, compartilham a experiência de participar no grupo, onde as contribuições e questionamentos de cada membro são valorizadas e respeitadas, onde se estabelece um clima de abertura e confiança e onde os indivíduos trabalham juntos (ex. dinâmicas de grupo).
A pertença a um grupo pode trazer vantagens e semelhanças, assim:

• como vantagens podemos identificar: tomada de decisão de maior risco (por difusão de responsabilidade), enriquecimento das decisões, maior rapidez e eficácia na concretização dos objectivos, divisão das tarefas, criação de laços de amizade, segurança e poder e influência face ao exterior.

• como desvantagens podemos identificar: tomadas de decisão empobrecidas (ex. decisões por maioria e não por consenso), pensamento do grupo (demasiada auto-estima e confiança; menosprezo dos competidores) e transformação do Eu em Nós (alguma perda de liberdade).

Ao nível das fases do grupo podemos identificar segundo Tuckman: o forming, storming, norming, performing e ending.
Algo também indispensável para o conhecimento do grupo são as características de coesão, confiança e liderança dentro do grupo, afiguram-se importantes pois é nelas que muito do trabalho com grupos pode ser efectuado, contribuindo assim para o nosso futuro profissional.
A coesão é segundo Festinger (1990) uma espécie de atracção interpessoal entre os membros de um grupo, muito relacionada com a satisfação, a eficácia e a eficiência do grupo. Esta atracção interpessoal contribui para uma boa relação, para a partilha e para a identidade, pois a coesão funciona como uma força centrípeta.
A confiança é uma condição fundamental para que os membros do grupo cooperem, e que nos leva à competição, esta não anula a cooperação, pode mesmo aumentar o desempenho individual e do grupo.
A liderança pode apresentar-se como permissiva, autocrática ou democrática, podendo mesmo o estilo de liderança ser motivo de conflito
Foi ainda possível apreender conteúdos da aprendizagem cooperativa e da sociometria.
Para concluir, sem dúvida que a unidade curricular possibilitou adquirir competências que não possuíamos e que certamente no futuro iremos utilizar, para além disso, conseguiu estar enquadrada com as outras unidades, permitindo que as aprendizagens efectuadas em dinâmicas de grupo pudessem ser úteis aí.