Reflexões das Aulas

Reflexão Crítica das Aulas
Nesta reflexão constarão os pontos que na nossa opinião ao longo das aulas foram mais relevantes e que mais contribuíram para a nossa formação como futuros profissionais.
Em primeiro lugar, achamos importante esclarecer os dois conceitos fulcrais no próprio nome da unidade curricular correspondente a este trabalho, Dinâmicas e Grupo.
Dinâmica, provém do grego dynamike que significa forte e Na física, a dinâmica é um ramo da mecânica que estuda as relações entre as forças e os movimentos que são produzidos por essas mesmas forças.
Neste sentido podemos fazer equivaler as dinâmicas de grupo a forças que aplicamos nos grupos/indivíduos para gerarmos certos movimentos.
Quanto a grupo, segundo Kurt Lewin (1944), é um espaço relacional de existência, interdependência e contemporaneidade, de participação, coesão, resistente à mudança, com pressão social e liderança.
Como aprendemos, as características de um Grupo resumem-se a um sistema de dois ou mais indivíduos que se inter-relacionam, que têm uma Motivação comum, que têm a consciência da sua existência (percepção do grupo), um objectivo comum, possuindo normas que regulam a função do sistema e de cada indivíduo e que realizam actividades comuns e inter-relacionais.
Existem diversos Tipos de Grupos, entre eles estão os Grupos Formais e Informais, os Grupos Voluntários e Involuntários, os Grupos Abertos e Fechados , os Grupos Estáveis e Instáveis, os Grupos Primários e Secundários, os Grupos de contacto Directo e Indirecto (entre os elementos do grupo) e os Grupos Espontâneos e Artificiais (em relação ao momento da criação do grupo).
Um grupo angaria diversas vantagens, como por exemplo: a tomada de decisão de maior risco (por difusão de responsabilidade), embora na nossa opinião esta característica pode também acabar por ser uma desvantagem; o enriquecimento das decisões, uma maior rapidez e eficácia na concretização dos objectivos, ambiente propício à criação de laços de amizade, tendo também a mais-valia de exercer poder e influência face ao exterior, entre outras.
No entanto, também tem desvantagens, tais como: tomadas de decisão empobrecidas (ex. decisões por maioria e não por consenso), pensamento do grupo (demasiada auto-estima e confiança; menosprezo dos competidores), transformação do Eu em Nós (alguma perda de liberdade), mesmo que não concorde como sou a minoria não vou dizer nada....
Entretanto, vimos também quais são os elementos para a planificação de uma dinâmica de grupo, sendo eles: o conteúdo, os recursos, a estrutura/procedimentos (de planificação; de execução; de avaliação), a sequência das actividades dos participantes, a complexidade, a exequibilidade, a mensagem. A mensagem é sem dúvida o elemento de maior importância, pois depende dela o efeito nos participantes ser o desejado ou não, quer a nível individual quer a nível grupal.
As dinâmicas de grupo podem ser utilizadas em diversos contextos, sendo eles: o
terapêutico, o educativo, o organizacional e o social.
A Dinâmica de Grupo supõe que o grupo se altera em função de modificações operadas nos seus elementos e no seu meio, sendo que o bom desempenho de um individuo é propício ao bom desempenho dos restantes membros de um grupo, que a coesão, uma espécie de atracção interpessoal entre os membros de um grupo, muito relacionada com a satisfação individual, leve à eficácia e eficiência do grupo e que a atracção interpessoal contribua para uma boa relação, para a partilha (intimidade) e para a formação da Identidade.
 “A dinâmica do(s) grupos interessa-se (...) pela relação entre o indivíduo e o grupo, mais especificamente pelo tipo e grau de influência que um exerce sobre o outro”.
(Fachada, 1998, p. 161).
Quando existem conflitos interpessoais, existem “métodos” para resolver esses mesmos conflitos, através do diagnóstico (factos, causas, sentimentos...), do envolvimento (confronto entre as partes...), da escuta activa (exploração, empatia e verbalização) e finalmente través da negociação (beneficiar as partes envolvidas).
Um ponto importante que analisamos nas aulas, foi a importância da Confiança , uma vez que é uma condição fundamental para que os membros do grupo cooperem (Cooperação).
Um aspecto importante na realização das dinâmicas de grupo são as Técnicas para fazer perguntas aos participantes, pois a forma como são feitas pode condicionar ou não o feedback por parte dos mesmos.
Um exemplo de técnica para fazer perguntas que aprendemos foi o usar o nome dos participantes ao fazer-lhes perguntas.
Outro ponto importante que apreendemos das aulas foi aceitar e utilizar as respostas dos participantes.
Quando são os participantes a fazerem perguntas devemos responder directamente à pergunta ou responder com outra pergunta, não devendo interromper a pergunta e usar comportamentos não-verbais para mostrar que estamos a prestar atenção.
Ao longo deste semestre vimos também como se constroem alguns instrumentos de análise dos grupos.
O Sociograma foi um deles, pois permite-nos Identificar interacções grupais, como identificar os líderes informais, quem são os Isolados e em caso de uma mudança quem terá mais dificuldade logo à partida. Permite-nos também avaliar a eficácia de intervenções nas interacções grupais (antes e depois de..). Outro instrumento foi a janela de Johari, quando nos comunicamos com o outro, é todo
o nosso Eu que é posto na relação com o outro, todas as nossas áreas, mesmo aquelas que para nós são não conhecidas ou são inconscientes. Se nós considerássemos que cada de nós está dividido em áreas ou em zonas, que representam essa relação com os outros e connosco próprios, poderia representar-se assim.